Coloque seu Pedido de Oração!

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Faça seu pedido de oração pois vamos estar orando e intercedendo por sua Vida! Tenho certeza que Deus pode realizar um milagre na sua vida... email: pedidodeoracao@hotmail.com

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Infância Perdida...!

Esta Cidade prescisa de nós... veja só porque!

Eles funcionam em pequenas propriedades rurais. A estrutura é artesanal e a mão-de-obra, familiar. Todos trabalham na fabricação da cachaça.

Alguns alambiques são movidos pela força animal. A cada duas voltas do boi, sai um litro de garapa. Uma rotina aparentemente inofensiva, mas João Rodrigues de Lima, produtor de cachaça, já perdeu uma neta no fabrico dele. Ela morreu esmagada na prensa de madeira.

“Quando eu me lembro, ainda sai água dos olhos. Eu fico sentido, mas é uma coisa que sempre acontece na vida das pessoas”, conforma-se ele. Claudia tinha 12 anos.

Município de Piripá, sudoeste baiano. Só no lugar, as arriscadas tarefas dos alambiques envolvem cerca de 200 jovens, entre crianças e adolescentes. Mas nenhum deles está incluído no Peti, o programa do governo federal de erradicação do trabalho infantil.

"Há mais ou menos oito meses, prometeram que, em 20 dias, o programa estaria instalado aqui e até hoje nada. Agora a gente tenta falar com eles e já não consegue mais, eles não nos atendem”, afirma Suely Bispo Gonçalves, secretária de Ação Social da prefeitura de Piripá.

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome diz que abrirá 155 vagas para o programa em Piripá. Ainda segundo o ministério, o Peti deverá ser implantado no município até o fim deste mês.

Alessandro tem 15 anos.

Repórter: São quantas horas de trabalho por dia, puxando cana, puxando boi?
Alessandro:
Trabalho de 6h às 16h30.
Que horas você estuda?
Eu estudo às 19h.
Você não chega à escola cansado?
Claro que chego.


Serviço pesado também é carregar lenha no ombro. Marcos Vinícius tem 14 anos. Diego, 13 anos. Eles passam o dia alimentando o forno do alambique, expostos à fumaça.

Repórter: Se você pudesse escolher entre trabalhar e estudar?
Marcos Vinícius: Estudar. Mas não posso, tenho que ajudar meus pais.

E na hora de moer a cana, lá estão eles também, retirando o bagaço do motor, sem nenhuma proteção.
Na grande maioria dos alambiques, não há restrição para o trabalho de crianças e adolescentes. Depois da colheita e da moagem da cana, eles participam de outra tarefa perigosa: a destilação da cachaça. E aí começa o problema mais grave da região: o alcoolismo infantil.
Depois que a garapa ferve e decanta, vem o processo de avaliação dos teores de álcool, trabalho de adulto que as crianças aprenderam a gostar de fazer.

Repórter: Isso é álcool puro. Você bebe isso?
Jovem: Eu provo, tenho que provar para saber se está no ponto.

Quantas vezes você prova isso por dia?
Umas cinco vezes.


E quando a destilação termina, mais uma prova. O irmão mais novo, de 11 anos, segue no mesmo caminho.
Repórter: Você gosta de experimentar?
Menino: Gosto.


Esses dois garotos são o espelho do pai. Florisvaldo Barbosa, dono do alambique, também começou assim e nunca mais parou de beber.

Repórter: Quando o senhor vê seu filho provando uma cachaça, o que o senhor pensa?
Florisvaldo: Eu falo que não está muito certo, né?
Se no futuro eles ficarem alcoólatras, viciados, o senhor vai se sentir culpado?
Acho que não.


Nas escolas do município, as crianças dos alambiques enfrentam dificuldades no aprendizado. Muitas repetem o ano. "O alcoolismo infantil já é constatado aqui”, denuncia a professora Ana Lúcia Ribeiro.
Um dos alunos da professora Ana Lúcia tem 15 anos e já se considera um alcoólatra.

Repórter: Quantas vezes você já ficou embriagado?
Jovem: Várias vezes.
Você bebe todo dia?
É.

Você já sente falta da cachaça quando você não bebe?
Sinto.

São muitos os casos de dependência do álcool. E em todos eles, a história é mesma. "Eu comecei a beber trabalhando no alambique. Eu tinha 10 anos. Meu cunhado está enterrado ali. Morreu tomando pinga”, lamenta o agricultor Guilherme de Jesus.
Nely Jesus da Silva, agricultora, já perdeu vários parentes. “Um tio meu perdeu três filhos por causa da pinga. Já morreram 11 na família”, conta ela.
Em Piripá, o consumo de cachaça é maior que o de cerveja, dizem os donos de bares. E no único posto de saúde da cidade, o alcoolismo lidera as estatísticas de atendimento.

“Atendemos aqui casos de jovens de 15 a 25 anos em coma alcoólico”, confirma o médico José Bahia
O sudoeste da Bahia produz mais de três milhões de litros de cachaça por ano – 90% são consumidos na região. Os municípios de Piripá, Itarantim e Condeúbas concentram mais de 300 alambiques. Na grande maioria, crianças e adolescentes são submetidos ao trabalho forçado e aos riscos da dependência do álcool.

Pois é irmãos...estou aqui nesta cidade, e peço oração para que Deus nos ajude a mudar a história desta cidade, a começar pela placa de boas vindas da cidade...

Só para refletir... as mães aqui, na maioria... para não dar mais leite materno, elas tiram o peito da criança com um simples método..."quando as crianças estão mamando elas tiram o peito e colocam um pouco de pinga na boca dos bebes" impressionante!

Deus vai nos dar a Vitória...


Fonte: http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL695554-15605,00.html

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msn: cassio.b.silva@hotmail.com
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